sexta-feira, 24 de novembro de 2017

24/11/1963 - Paysandu 1 x 8 Marcílio Dias

Na tarde de 24 de novembro de 1963, o Marcílio Dias conquistou uma de suas mais elásticas vitórias na história do Campeonato Catarinense. Em pleno Augusto Bauer, em Brusque, o ataque marcilista não teve piedade do Paysandu e massacrou a equipe local por 8 a 1.



Aquiles: quatro gols em Brusque


O implacável goleador Aquiles foi a grande figura da partida, anotando nada menos que quatro gols. João Caetano, Odilon, Dão e Renê marcaram os demais gols marcilistas, enquanto Edson fez o tento de honra do escrete brusquense, em cobrança de pênalti. O carioca João Caetano, então com 19 anos e oriundo de outro Rubro-Anil, o Bonsucesso, fazia sua estreia no Marcílio Dias.

O jogo era válido pela quarta rodada do Torneio Luiza Mello e consolidou o Marinheiro na liderança da competição, da qual seria campeão. Em 1983, este torneio foi reconhecido pela Federação Catarinense de Futebol como Campeonato Catarinense de 1963. O título foi garantido com outra goleada, também no Augusto Bauer: 4 a 1 sobre o Carlos Renaux, em 23 de fevereiro de 1964, na penúltima rodada.

Paysandu 1 x 8 Marcílio Dias
Competição: Campeonato Catarinense de 1963
Data: 24/11/1963 
Local: Estádio Augusto Bauer (Brusque)
Árbitro: Arno Boos
Auxiliares: Norival Koscnck e Afonso Imhof
Renda: Cr$ 168.100,00
Gols: Aquiles aos 3, 26, 34 do 1º tempo e 8 do 2º tempo; João Caetano aos 9 do 1º tempo; Odilon aos 19, Dão aos 24, Edson aos 27 e Renê aos 36 do 2º tempo.
Paysandu: Chiquinho (Osni); Ivo Borba, Philips, Bijo (Ivo Boing) e Euclides; Pedrinho (Gim) e Ilton (Valdemar); Altair, Edson, Julinho e Ayone. 
Marcílio Dias: Jorge (Zé Carlos); Djalma, Ivo Meyer, Joel Santana (Marzinho) e Joel Reis; Sombra e Odilon (Salvador); Renê, Aquiles, João Caetano e Dão. Técnico: Milton Gonçalves.

Fonte: Livro "Torneio Luiza Mello - Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963"

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Renê Pinto

Terceiro maior artilheiro da história do Marcílio Dias, o ponta esquerda Renê Pinto nasceu em 20 de novembro de 1940, em Curitiba. Chegou ao Marinheiro em 1960, no início da fase de ouro do clube. Tinha como principal característica um poderoso chute de canhota, além da velocidade. 


Renê no Marcílio Dias.

Ao longo de sua brilhante passagem pelo Rubro Azul, acumulou gols e títulos. Foi tetracampeão da Liga Itajaiense (1960, 1961, 1962 e 1963), três vezes vice-campeão estadual (1960, 1961 e 1962), vice-campeão Sul-Brasileiro (1962), campeão do Torneio Itajaí-Joinville (1963) e campeão catarinense de 1963.

No certame estadual conquistado pelo Marinheiro, Renê atuou em todas as 18 partidas e foi artilheiro do time com 11 gols, marcando um a menos que Cavalazzi, do Avaí, artilheiro do campeonato, conforme o livro "Torneio Luiza Mello - Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963". Ao ser entrevistado pelo autor do livro em novembro de 2013, Renê se emocionou e comentou que há quase 50 anos não tinha mais contato com ninguém de Santa Catarina.


1962: Renê é o primeiro agachado.

De acordo com as estatísticas do pesquisador Gustavo Melim Gomes, o ponta esquerda paranaense anotou pelo menos 115 gols com a camisa do Marcílio Dias, sendo superado apenas por Idésio e Aquiles. É provável que o número de gols seja ainda maior, pois não há registros completos de todos os jogos. 

Renê permaneceu no Marcílio até 1966, quando foi contratado pela Portuguesa de São Paulo. Neste mesmo ano, o ponta direita Ratinho também trocou o Estádio Dr. Hercílio Luz pela Ilha da Madeira - antigo nome do campo da Lusa naqueles tempos pré-Canindé. 

O atacante não ficou muito tempo na Portuguesa e seguiu para o Uberaba em 1967, e após encerrar a carreira fixou residência na cidade mineira. No primeiro dia de julho de 2017, Renê faleceu vítima de câncer de próstata, em Uberaba. 


Renê, Idésio e Aquiles: os três maiores goleadores do Marinheiro.


Nome: Renê Pinto
Posição: ponta-esquerda
Nascimento: 20/11/1940, Curitiba (PR)
Período no Marcílio Dias: 1960 a 1966

sábado, 18 de novembro de 2017

Campeão da Copa Santa Catarina 2007

Jogadores do Marcílio comemoram gol no Scarpelli. Foto: Diego Redel / Agência RBS

Em 18 de novembro de 2007, o Marcílio Dias bateu o Figueirense por 3 a 1, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Com a vitória, o Marinheiro sagrou-se campeão da Copa Santa Catarina de 2007. Foi uma partida bem movimentada, como se depreende da matéria do Diário Catarinense reproduzida a seguir:

O Marcílio Dias garantiu dentro do Orlando Scarpelli, em Florianópolis, o título de campeão da Copa Santa Catarina 2007 e conquistou a vaga na Série C do Brasileiro 2008 e a participação na Recopa Sul-Brasileira, em dezembro. Com a vitória por 3 a 1 aplicada sobre o Figueira B neste domingo, dia 18, o Marinheiro garantiu o título do returno e, como já havia vencido o turno da competição, o troféu veio antecipadamente para a equipe comandada pelo técnico Mauro Ovelha.

No outro jogo da última rodada do returno, o Joinville recebeu o Avaí, na Arena, e saiu derrotado: 1 a 0. O gol azurra foi marcado por Pedrinho, nos acréscimos do primeiro tempo.

Jogo no Scarpelli teve três penalidades

No Scarpelli, a partida entre Figueira e Marcílio foi movimentada e emocionante. Somente o público decepcionou: apenas 306 pessoas assistiram ao confronto, sendo 229 pagantes.

Dentro de campo, o Figueirense abrir o placar, logo aos oito minutos, com Marcelo. Os jogadores alvinegros e a torcida tiveram pouco tempo para comemorar, já que os visitantes igualaram o placar aos 15 minutos, em uma falta bem cobrada por Felipe Oliveira. 

O desempate poderia ter vindo com Luis Ricardo, aos 20 minutos. O atleta do Marinheiro bateu pênalti e Enderson defendeu. Só que em nova penalidade máxima não teve jeito para o arqueiro do Figueira. Desta vez, aos 39 do primeiro tempo, com uma cobrança convertida por Dauri.

O alvinegro Vanderson podia ter alcançado o 2 a 2, mas também desperdiçou um pênalti – o terceiro assinalado na partida. O troco foi fatal: Michel definiu a vitória marcilista aos 31 da etapa final.
Naquele jogo, o Marcílio Dias do técnico Mauro Ovelha atuou com Marcelo Vacaria; Arlan, Rogério Prateat, Alex e Fábio Júnior; Benson, Fabrício, Claudemir e Felipe Oliveira; Luiz Ricardo (Michel) e Dauri (Waldison). Ao longo do certame, o Marinheiro fez oito jogos, venceu cinco e empatou três, marcou 15 gols e sofreu seis. 

Felipe Oliveira comemora gol contra o Avaí.
Foto: Clicrbs

A campanha

Turno

07/10/2007 - Marcílio Dias 2 x 0 Joinville

14/10/2007 - Marcílio Dias 1 x 1 Chapecoense

19/10/2007 - Avaí 1 x 1 Marcílio Dias

28/10/2007 - Marcílio Dias 4 x 1 Figueirense

Returno

31/10/2007 - Joinville 1 x 1 Marcílio Dias

11/11/2007 - Chapecoense 1 x 2 Marcílio Dias

15/11/2007 - Marcílio Dias 1 x 0 Avaí

18/11/2007 - Figueirense 1 x 3 Marcílio Dias


Troféu da Copa Santa Catarina de 2007.
Foto: Gustavo Melim/Blog Jogos do Marcílio

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Vice-campeão catarinense de tênis - 1931

Ao longo de sua quase centenária história, o Clube Náutico Marcílio Dias se destacou em diversas modalidades. Ao lado do futebol e do remo, o tênis foi um esporte que esteve presente de forma marcante nas primeiras décadas da existência rubro-anil. 

Em 1921 o clube inaugurou sua quadra de tênis e dez anos depois participou do primeiro Campeonato Catarinense de Tênis, promovido pela Federação Catarinense de Desportos (FCD), atual Federação Catarinense de Futebol, mas que na época abrangia outras modalidades além do esporte bretão.


Taça Ricardo Pernambuco

Itajaí foi escolhida como sede daquela competição, o que prova o quão desenvolvido estava o tênis na cidade. Além do Marcílio, introdutor do tênis e de outros esportes em Itajaí, a cidade naquela altura já contava com mais um clube de tênis, o Itajaí Tênis Clube, que tinha seu "court" na rua Pedro Ferreira. 

O Itajaí T. C., embora filiado à FCD, não quis participar daquele pioneiro campeonato estadual, que contou com os seguintes competidores: Marcílio Dias (Itajaí), Lyra Tênis Clube (Florianópolis) e Joinville Tênis Clube (Joinville). Das três agremiações, o Marcílio, fundado em 1919, era o mais antigo. O Lyra fora fundado em 1926 e o Joinville em 1923.

O Marcílio disputou a competição com os tenistas Trajano Pereira e Arnaldo Heusi, este último membro de uma família de grandes tenistas itajaienses. O torneio foi disputado nos dias 24 e 25 de outubro de 1931 e teve os seguintes resultados:

Sábado - 24 de outubro

Simples

Arnaldo Heusi (M. Dias) 3 x 0 Luiz M. dos Reis (Lyra)

Trajano Pereira (M. Dias) 3 x 0 Alfredo Vasel (Lyra)

Duplas

A. Heusi e T. Pereira (M. Dias) 3 x 2 L. Reis e A. Vasel (Lyra)

Domingo - 25 de outubro

Simples

Horácio Oliveira (Joinville) 3 x 1 Trajano Pereira (M. Dias)

Heitor Azevedo (Joinville) 3 x 2 Arnaldo Heusi (M. Dias)

Duplas

Heitor Azevedo e Ruben Lobo (Joinville) 3 x 2 Arnaldo Heusi e Trajano Pereira (M. Dias). 


Diploma de vice-campeão estadual de 1931

Com estes resultados, o clube joinvilense foi o campeão catarinense de 1931, sendo que o vice-campeonato coube ao Marcílio e o Lyra ficou em terceiro. A segunda colocação no primeiro torneio oficial de tênis em Santa Catarina rendeu ao clube itajaiense a Taça Ricardo Pernambuco, nomeada assim em homenagem a um famoso tenista brasileiro da época.

O Marcílio também recebeu um diploma outorgado pela FCD, item até hoje conservado no acervo da sala de troféus do Estádio Dr. Hercílio Luz, embora com as marcas da ação do tempo. O Joinville Tênis Clube, grande campeão, levou para casa a Taça Estado de Santa Catarina (transitória) e a Taça FCD (definitiva). 

Em sua trajetória no tênis, o Marcílio Dias ainda seria campeão estadual em 1945 e 1947, além de vencer diversos torneios amistosos. Em 1954, o clube rubro azul foi um dos fundadores da atual Federação Catarinense de Tênis, entidade da qual encontra-se licenciado. 

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Antoninho Justiniano

Faro de gol apurado, perspicácia, técnica e inteligência. Estas eram algumas das qualidades de Antoninho Justiniano, um dos grandes nomes que vestiram a camisa do Marcílio Dias na década de 1980. Natural de São Paulo, onde nasceu em 7 de agosto de 1954, o atacante começou a carreira no Saad de São Caetano do Sul e chegou ao Gigantão das Avenidas em 1981, contratado pelo então presidente Delfim de Pádua Peixoto Filho.

Antoninho em ação pelo Marinheiro:
goleador implacável

Embora fosse meio-campista de origem, Antoninho atuou em algumas temporadas como centroavante e foi um dos principais goleadores do time entre 1982 e 1985. Somente no ano de 1982 foram 24 gols. No período em que defendeu o Marcílio Dias, atuou ao lado de outros jogadores que ficaram marcados na memória da torcida rubro-anil, tais como Leleco, Careca e Veiga, entre outros. 

Antoninho foi uma das figuras da equipe campeã da Taça FCF 60 Anos, em 1984. Coube a ele marcar o gol do título, na vitória por 2 a 0 sobre o Avaí, em 15 de abril daquele ano, no Estádio Hercílio Luz. Naquela competição, que reuniu os principais clubes do futebol catarinense da época, o time base do Marinheiro era formado por Mauro; Ari Marques, Jorge, Gilberto e Luiz Fernando; Rosa Lopes, Osmarzinho e Antoninho; Anderson, Jair e Veiga. 


Campeões da Taça FCF 60 anos em 1984.
Antoninho é o último da esquerda para a direita.

Além do Saad e do Marcílio, Antoninho também jogou no Novo Hamburgo (1984) e Inter de Lages (1986), entre outros clubes. Atualmente, reside em São Paulo.

Nome: Antoninho Justiniano
Nascimento: 7 de agosto de 1954, São Paulo (SP)
Posição: Atacante
Período no Marcílio Dias: 1981-1985

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Grandes vitórias do Marcílio Dias sobre o Figueirense

Fernando Alécio

Os confrontos entre Marcílio Dias e Figueirense remontam a 1930. Em 27 de julho daquele ano, houve o primeiro embate: vitória do Marinheiro por 3 a 0, em amistoso disputado no Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí. Os gols foram anotados por Guarino (duas vezes) e Zé Macaco. 

Duas expressivas vitórias marcilistas por 4 a 0 ocorreram em outro amistoso realizado em Itajaí em 1933 e numa partida do Campeonato Catarinense de 1964. Mas foi em 16 de junho de 1946, em mais um amistoso em Itajaí, que se registrou a maior goleada do Marcílio sobre o rival alvinegro: 6 a 1.

Um fato curioso ocorreu no Campeonato Catarinense de 1958. Em 11 de janeiro de 1959, o Marcílio Dias venceu o primeiro jogo em Itajaí por 4 a 0 - gols de Cirilo, Idésio (duas vezes) e Zênio. O Figueirense precisava vencer o segundo jogo no tempo normal e na prorrogação para se classificar.


Página esportiva do jornal Libertador, de Itajaí, em 1959. Acervo FGML

No dia 18 de janeiro as duas equipes se enfrentaram no Estádio Adolpho Konder, em Florianópolis. O time da Capital venceu no tempo normal por 2 a 0, mas a prorrogação de 30 minutos terminou sem gols. Uma nova prorrogação de 15 minutos foi disputada, sem movimentação no placar. 

Depois de mais duas prorrogações de 15 minutos cada, totalizando 165 minutos sem balançar as redes, o jogo finalmente foi finalizado, tornando-se o mais longo da história do futebol de Santa Catarina. A vaga seria decidida numa terceira partida, em Blumenau, campo neutro, no dia 22 de janeiro de 1959. Deu Marinheiro: 2 a 1, dois tentos do goleador Idésio. 

Outro jogo marcante para os marcilistas ocorreu em 3 de novembro de 1963. Jogando em Florianópolis, o Marinheiro bateu o Figueirense por 2 a 1, gols de Renê e Dufles. Era a primeira rodada do Campeonato Catarinense de 1963 e iniciava ali a campanha que levaria o Marcílio Dias à conquista do seu primeiro e único título da principal competição estadual. “Peguei a bola fora da área e enchi o pé. Acertei um belo chute, uma bomba, o goleiro nem se mexeu”, detalhou o autor do gol em depoimento ao livro "Torneio Luiza Mello - Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963".


Gol de Renê (foto) contra o Figueirense abriu a trajetória do 
Marinheiro rumo ao título estadual em 1963. Foto: Acervo CNMD

Uma partida especialmente guardada na memória da torcida rubro-anil foi a realizada em 3 de junho de 2000, pelas semifinais do Campeonato Catarinense. Depois do empate em 0 a 0 no jogo de ida em Itajaí, o Marinheiro precisava vencer no Orlando Scarpelli. 

Marquinhos abriu o placar para o Marcílio, mas Fernandes empatou para o Figueirense. O jogo caminhava para o final quando o lateral-direito Lelo, numa cobrança de falta milimétrica, fez o gol que decretou a vitória por 2 a 1 e classificou o Marcílio Dias à final do Catarinão daquele ano.


Lelo vibra após gol da classificação no Orlando Scarpelli. 
Foto: Reprodução

18 de novembro de 2007 é outra data que entrou para a história deste confronto. Neste dia, o Marinheiro derrotou de virada o Figueirense por 3 a 1 no Orlando Scarpelli e sagrou-se campeão da Copa Santa Catarina. Os gols do Marcílio foram marcados por Felipe Oliveira, Dauri e Michel. 

No jogo do primeiro turno, dia 28 de outubro, em Itajaí, outra vitória marcilista: 4 a 1 - gols de Dauri, Felipe Oliveira, Luís Ricardo e Márcio Alcides. O título da Copa Santa Catarina deu ao Marinheiro uma vaga na Recopa Sul-Brasileira, competição disputada em dezembro daquele mesmo ano e também vencida pelo Rubro-Anil.


Schwenck comemora gol contra o Figueirense em Camboriú.
Foto: Marcos Porto/ClicRBS/2015

No Campeonato Catarinense de 2015, outro jogo memorável. Jogando em Camboriú, debaixo de chuva e com apagões dos refletores durante a partida, o Marcílio Dias saiu na frente com Schwenck, mas o Figueirense virou para 3 a 1. Numa reação espetacular, o Marinheiro virou o placar para 4 a 3. Soares e Schwenck empataram e Rogélio, aos 45 do segundo tempo, fez de cabeça o gol da vitória, para delírio de apaixonada torcida rubro-anil que lotou a arquibancada do acanhado estádio Robertão.

domingo, 2 de abril de 2017

Jogadores que atuaram no Marcílio Dias e no São Paulo

O São Paulo anunciou na semana que passou a contratação do meia Thomaz, que defendeu o Marcílio Dias em 2012. Este artigo tem como objetivo recordar alguns jogadores que atuaram por estes dois clubes.

AGENOR
Oriundo de Piçarras, então bairro de Itajaí, o ponta-esquerda Agenor Eugênio Rodrigues começou no Tiradentes da Barra do Rio, transferindo-se para o Marcílio Dias em 1955. No ano seguinte foi para o Carlos Renaux e em 1960 para o São Paulo. No Tricolor Paulista, atuou em 119 partidas e fez 31 gols, de acordo com o Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa. 


Heitor Martinho de Souza, o Ratinho, no Marcílio em 1965

RATINHO
Revelado no time amador do Fluminense do bairro Itaum (Joinville), Heitor Martinho de Souza, mais conhecido como Ratinho, habilidoso ponta-direita, foi contratado pelo Marcílio Dias em 1962. No clube de Itajaí tornou-se ídolo e participou da conquista do título estadual de 1963. Em 1966, foi negociado com a Portuguesa e no ano de 1973 trocou o Canindé pelo Morumbi. Integrou o plantel são-paulino vice-campeão brasileiro daquele ano.

LUÍS RICARDO
Herói do Marcílio Dias na final da Recopa Sul-brasileira em 2007, quando anotou três gols diante do Caxias (RS), Luís Ricardo Silva Umbelino atuou no Marinheiro como atacante. Em 2013, foi anunciado como reforço do São Paulo, depois de se destacar na Portuguesa jogando como lateral-direito. 

HARISON
Surgido na base do São Paulo junto com Kaká, o meia Harison da Silva Ney era apontado como uma das principais revelações do Tricolor em 2001, mas não ficou muito tempo no time profissional. Depois de rodar por diversos clubes, foi contratado pelo Marcílio Dias em 2014. Disputou poucas partidas pelo Marinheiro, devido a uma lesão. Com o manto rubro-anil, foram apenas sete jogos e um gol, segundo o blog Todos os Jogos do Marcílio, de Gustavo Melim.


Thomaz defendeu o Marinheiro em 2012

THOMAZ
O paulistano Antonio Thomaz Santos de Barros jogou pelo Marcílio Dias no Campeonato Catarinense de 2012. Apesar da péssima campanha do time, rebaixado naquele ano, o meia foi um dos poucos jogadores a sair com algum crédito com a torcida, demonstrando qualidade técnica. Rodou por vários clubes e disputou a Libertadores de 2017 pelo Jorge Wilstermann (BOL), chamando a atenção do São Paulo, que o contratou a pedido do técnico Rogério Ceni.

EDU BALA
Ponta-direita, Carlos Eduardo da Silva jogou a maior parte de sua carreira no Palmeiras, mas também defendeu o São Paulo entre 1978 e 1980. Teve uma rápida passagem pelo Marcílio Dias em 1987, já em fim de carreira, aos 38 anos.

JEAN ROLT
O bom zagueiro Jean de Oliveira Rolt defendeu o Marinheiro em 2005, sendo campeão do primeiro turno do Campeonato Catarinense da Série A2. Contratado pelo São Paulo em 2009, fez apenas seis partidas e marcou um gol pelo time do Morumbi.

JORGINHO PAULISTA
O lateral-esquerdo Jorge Henrique Amaral de Castro, mais conhecido como Jorginho Paulista, jogou no São Paulo entre 2002 e 2003. Passou pelo Marcílio Dias sem deixar saudades no Campeonato Catarinense de 2012, quando o time foi rebaixado. 

Obs.: Este artigo não pretende relacionar todos os jogadores que defenderam os dois clubes. De qualquer forma, sugestões de outros nomes a serem incluídos na lista podem ser feitas através dos comentários. 

Agradecimento pela colaboração: Ivo Castro Jr., Lopes.

domingo, 26 de março de 2017

Sidnei Spina

Natural de Santos, o ponta-direita Sidnei surgiu na Portuguesa Santista, mas estourou para o futebol no bom time do Juventus de São Paulo, campeão da Taça de Prata de 1983. Chegou ao Marcílio Dias em 1987, procedente do Criciúma, contratado pelo então presidente Nelson Abrão de Souza. A estreia com o manto rubro-anil se deu no amistoso contra o Vasco da Gama (0 a 0), no Estádio Dr. Hercílio Luz, em 28 de novembro de 1987.

Juventus campeão da Taça de Prata de 1983. 
Sidnei é o primeiro agachado.

Rápido e habilidoso, tornou-se uma das principais figuras do time que ficou conhecido como “Siri Mecânico” na temporada de 1988. Naquele ano, o Marinheiro conquistou a Taça Carlos Cid Renaux, equivalente ao primeiro turno do Campeonato Catarinense, sob o comando do técnico Levir Culpi. Uma atuação marcante de Sidnei com a camisa rubro-anil ocorreu no dia 20 de março de 1988, na histórica vitória por 4 a 2 sobre o Criciúma. 

Alemão, Ademir, Rosemiro, Fernando, Clademir e Palmito;
Sidnei, Wilsinho, Nélio, Joel e Rogério Uberaba.

Depois de perder em Itajaí por 2 a 1, o Marcílio precisava derrotar o Tigre por dois gols de diferença em pleno Heriberto Hülse para avançar às finais da Taça Carlos Cid Renaux. O primeiro tempo terminou com a vitória do time da casa por 2 a 1 e a classificação do Marcílio àquela altura não passava de utopia. No segundo tempo, porém, Sidnei deixou tudo igual logo no início e o artilheiro Joel se encarregou de marcar dois golaços de cabeça e garantir a vaga na decisão contra o Joinville.

Sidnei foi considerado pela crônica esportiva um dos melhores jogadores em campo e também se tornou personagem do jogo, pelo fato de ter enfrentado seu ex-clube, de onde saiu pouco prestigiado. “Quando fui para o Marcílio Dias, entre outras coisas, diziam por aqui (Criciúma) que eu não jogava nada. Acho que eu mostrei o contrário na partida de hoje”, desabafou o atacante à imprensa após o memorável jogo. 

Matéria publicada no jornal Diário Catarinense em 1988

Em 1989, Sidnei integrou a equipe que conquistou a Taça Governador Pedro Ivo Campos e a Taça RCE, referentes ao primeiro e segundo turnos do Campeonato Catarinense. Dez anos depois, já aposentado dos gramados, Sidnei exerceu a função de gerente de futebol do Itajaí Esporte Clube, vice-campeão catarinense da Segunda Divisão de 1999. Atualmente, o ex-jogador segue ligado ao Marcílio Dias participando da equipe de másters do Rubro-Anil.

Sidnei, o último agachado, no time máster do Marcílio Dias em 2017

Nome: Sidnei Alves Spina
Nascimento: Santos (SP), 26 de março de 1962
Posição: Atacante
Período no Marcílio Dias: 1987 a 1989

domingo, 19 de março de 2017

Exposição de colecionadores - Marcílio Dias 98 anos

  
No dia 17 de março de 2017, o Clube Náutico Marcílio Dias, um dos clubes mais tradicionais do futebol catarinense, completou 98 anos de existência. No sábado, dia 18, a diretoria do clube promoveu um grande evento para comemorar o aniversário do Rubro-Anil e, dentre as atrações, abriu espaço para exposição dos acervos de colecionadores de artigos históricos do clube.




Camisas, flâmulas, jornais, revistas, álbuns, súmulas de jogos, estatutos, carteirinhas de sócios, exemplares do livro "Torneio Luiza Mello - Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963" e outros artigos de diversas épocas foram expostos na Sala de Troféus, localizada nas dependências do Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí. Uma das preciosidades foi a carteirinha de sócio que pertenceu a Gabriel Collares, um dos fundadores do clube, além de camisas de jogo da década de 1980. 




Participaram da exposição os colecionadores de camisas Marcelo Sagaz Baião, Felipe Leonardo Vieira e Giuliano Nazari, e os pesquisadores Fernando Alécio e Gustavo Melim. Durante a programação de aniversário do Marcílio Dias, também foi realizada a primeira edição do Seminário de História do Futebol Itajaiense, iniciativa do Grupo Memória do Futebol Catarinense, que abordou temas relacionados à história do quase centenário "Marinheiro".